"Um homem precisa viajar. Por sua conta, não por meio de histórias, imagens, livros ou TV. Precisa viajar por si, com seus olhos e pés, para entender o que é seu. Para um dia plantar suas próprias árvores e dar-lhes valor. Conhecer o frio para desfrutar do calor."

Amyr Klink

sábado, 26 de março de 2016

VALE DOS VINHEDOS & SANTA TEREZA, AGOSTO DE 2015

   Em agosto de 2015 fizemos um passeio explorando a região do Vale dos Vinhedos, entre Garibaldi e Bento Gonçalves na serra gaúcha. Nosso roteiro iniciou na RS-453, a conhecida ‘Rota do Sol’, a partir da qual adentramos o interior do Vale dos Vinhedos na localidade de Marcorama, interior do município de Garibaldi.


Incontáveis "linhas", como são chamadas as localidades no interior da serra de colonização italiana no RS

   Guiados pela rota previamente traçada no GPS, seguimos por estradinhas secundárias de quase nenhum movimento (para nossa surpresa, a maioria asfaltadas) cruzando vales, montanhas e pequenos vilarejos onde os parreirais dominam a paisagem, até a localidade de XV da Graciema onde encontrarmos a RS-444, a estrada principal que corta o Vale dos Vinhedos, já em Bento Gonçalves.
 
Bonita capelinha na região de Marcorama, interior de Farroupilha


Paisagens tipicas à beira da estrada

Casas de madeira resistindo ao passar do tempo

Opções de culinária típica não faltam pelo interior do Vale dos Vinhedos

Capela da XV da Graciema


    A partir da RS-444 fizemos um desvio para conhecer o roteiro conhecido como ‘Via Trento’, que passa por pequenas capelas, restaurantes e algumas vinícolas, sendo a mais conhecida delas a Casa Valduga.

Pequena capela na Via Trento

Casas antigas são uma constante na paisagem pelo interior do Vale dos Vinhedos

Vinicola Titon, na Via Trento

Este bonito prédio abriga mais uma vinicola no Vale dos Vinhedos

   Como o meio dia se aproximava, após a rápida visita à Via Trento seguimos para Monte Belo do Sul, onde almoçamos no restaurante Nonna Metilde - http://nonnametilde.blogspot.com.br/ . O ambiente do restaurante não poderia ser mais típico, num porão de pedras.


   O almoço é de primeira, comida típica italiana muito bem preparada e servida, tudo quentinho, novinho. A tábua de frios e a sopa de capeletti servidos como entrada são destaques, e olha que ainda vem muito mais nos pratos principais – polenta, tortéi, massas, galeto, costela suína, salada de radiche, etc. Para beber, um ótimo suco de uva. Haja apetite e disposição.

   Após o reforçado almoço, fizemos uma breve caminhada pelo tranquilo centro de Monte Belo, para ajudar na digestão. Dando continuidade a nosso passeio pelas montanhas do Vale dos Vinhedos, seguimos em frente para visitar a pequena cidade de Santa Tereza, às margens do rio Taquari - http://www.santatereza.rs.gov.br/index.php?site=historico.php


   Para chegar a Santa Tereza é muito fácil, basta seguir pela RS-444 que é a estrada principal que corta o Vale dos Vinhedos até seu final já junto ao rio Taquari, onde fica a pequena área urbana da cidade. Santa Tereza está a uns 30 km da RS-470 que leva a Bento Gonçalves.

Prefeitura de Santa Tereza

   Visitar Santa Tereza é quase como entrar num túnel do tempo. A pequena cidade de pouco mais de 1.800 habitantes (um dos menores municípios em termos de população no país) está localizada às margens do Rio Taquari e no início do século XX desempenhou um importante papel no trânsito de mercadorias e pessoas, uma vez que a rio servia de rota de ligação entre a região de Bento Gonçalves e a capital do estado, Porto Alegre.

Pracinha no centro de Santa Tereza, tranquilidade tipica dos lugares esquecidos no interior do estado

   Com o advento da ferrovia e mais tarde do transporte rodoviário, a navegação fluvial pelo Rio Taquari entrou em declínio e a pequena Santa Tereza ficou esquecida no tempo, às margens do rio que em outros tempos lhe garantiu prosperidade.

  Prosperidade que pode ser vista nas construções antigas, a maioria ainda bem conservada, no pequeno centrinho da cidade.




   Deixar o carro estacionado e caminhar pelas calmas ruas de Santa Tereza é uma delicia. A torre da igreja da cidade é destaque na paisagem da pequena vila escondida entre as montanhas.

A imagem da torre da igreja é onipresente no cenário da pequena Santa Tereza


Este belo casarão antigo abriga um 'bolicho' no seu térreo

Este casarão se destaca pela riqueza nos detalhes 


  Deixando Santa Tereza para trás, nosso caminho de volta foi feito novamente percorrendo estradinhas secundárias por entre as montanhas do Vale dos Vinhedos, nos levando de volta à Rota do Sol. Como estamos em pleno inicio de inverno, os parreirais estão secos, e no final de tarde um tom amarelado domina a paisagem.
Parreirais secos, paisagem dominante no interior do Vale dos Vinhedos


   Nosso trajeto incluiu uma rápida passagem pela localidade de Coronel Pilar, onde o destaque é a bonita igreja.

Bonita igreja de Coronel Pilar

   Deixando Coronel Pilar para trás, poucos quilômetros mais de estradinhas secundárias de asfalto bem conservado nos levam finalmente de volta à Rota do Sol, de onde seguimos para casa curtindo o finzinho do dia e encerrando nosso passeio.